segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Analise das obras Hamlet e Muito barulho por nada

HAMLET
Hamlet é uma das peças de teatro mais famosas de Shakespeare. Foi escrita entre 1600 e 1602 e impressa pela primeira vez em 1603.

Para Hamlet a existência tornara-se insuportável desde que o espectro do seu pai recentemente morto apareceu-lhe numa noite assombrada no alto da torre do castelo. O fantasma, tétrico, reclamava desforra. Contou ao filho que um crime ignominioso o vitimara. Seu próprio irmão, o rei Cláudio, o matara. Atordoou-se o príncipe. Seu lar abrigava a traição e a maldade! A serpente acoitara-se na sua própria família. O mundo era injusto. O assassino, seu tio, não só usurpara o trono como arrastara sua mãe, a rainha Gertrudes, para um casamento feito às pressas, onde, suprema ignomia, serviram-se ;-os manjares; que, um pouco antes, ainda mal esfriados, tinham sido oferecidos -;na refeição fúnebre. Algo deveria ser feito. Faltava porém a Hamlet o talento para a ação. O máximo que conseguiu de imediato, além de aferrar-se ao luto e ao mau humor, foi entregar-se especulativamente à vingança.

A Mais bem sucedida da História

Hamlet é certamente a mais bem-sucedida história de vingança levada aos palcos. Ela, desde o início, coloca o público ao lado do jovem príncipe porque o ato da vingança, que Francis Bacon definiu como uma - forma selvagem de fazer justiça, sempre seduziu o a todos. Hamlet sente-se pois um reparador de uma injustiça, um homem com uma missão. A ela irá dedicar todos os momentos da sua vida, mesmo que tenha que sacrificar seu amor por Ofélia e ainda ter que tirar a vida de outras pessoas. Talvez seja essa obsessão, essa monomania que toma conta dele desde as primeiras cenas do primeiro ato, que eletrize os espectadores e faça com que eles literalmente bebam todas as palavras do príncipe vingador -; Hamlet é o personagem que mais fala na obra de Shakespeare, recita 1.507 linhas.

MUITO BARULHO POR NADA


Um homem e uma mulher. Os dois
igualmente inteligentes, bem articulados, espirituosos, rápidos em
construir respostas espertas a todo tipo de afirmação ou pergunta. É
nas falas de Beatriz e Benedicto, dois dos personagens mais queridos do
público de Shakespeare, que se fundamenta a parte cômica desta peça,
Muito barulho por nada. Quando se encontram os dois, armam-se
verdadeiros combates entre esses esgrimistas das palavras, dois
alérgicos ao casamento, para o prazer do leitor ou platéia.

O lado trágico da peça nasce de pérfida
intriga armada por um homem despeitado e vingativo, carregado de ódio,
e que se descreve assim: "é mais condizente com meu sangue ser
desdenhado por todos que pavimentar a estrada para roubar a afeição de
alguém. Assim é que, muito embora não se possa dizer de mim que sou um
homem honesto e bajulador, não se pode negar que sou um patife franco e
leal". Com provas falsamente arranjadas, uma inocente donzela é acusada
de ser uma rameira. A história tem danças, festa de mascarados,
cerimônia de casamento; tem flertes, tem príncipes e condes, damas
nobres e damas de companhia; e a história tem calúnias, desafios para
duelos, confrontações verbais, cerimônia fúnebre, até morte e fuga que
se revertem. A história tem dores e amores; a história é teatro e é
Shakespeare.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Capitel Egípcio



Os tipos de colunas dos templos egípcios são divididas conforme seu capitel:
Palmiforme - flores de palmeira;
Papiriforme - flores de papiro; e
Lotiforme - flor de lótus.
Capitel

O capitel (f no esquema), do latim capitellum diminutivo de caput (cabeça, extremidade), faz a união entre o elemento vertical (fuste) e horizontal (arquitrave ou imposta de um arco) de características estáticas muito diferentes. Assim, o capitel não só soluciona problemas técnicos como assume, acima de tudo, um papel estético sendo normalmente a parte mais trabalhada da coluna, a parte mais característica de uma dada ordem ou estilo.

Consoante o momento histórico (principalmente nas ordens clássicas) o capitel pode ainda ser subdividido nos seguintes elementos:

Astrágalo - (do grego astrágalos). Moldura em forma de filete semi-circular na zona superior após o fuste e que antecede o capitel.
Equino - (do grego echînos, ouriço). Presente no capitel da ordem dórica é um elemento em forma de almofada sob o ábaco.
Ábaco (n no esquema) - (do grego abax, quadro, mesa). Placa quadrada e espessa que remata o capitel.


Bibliografia
www.historiadaarte.com.br/
http://pt.wikipedia.org/wiki/

quinta-feira, 18 de março de 2010

Refêrencia Bibliográfica

Site pesquisado: educaterra.terra.com.br/literatura

GÊNERO ÉPICO

O gênero épico (ou épica, ou gênero narrativo, ou simplesmente narrativa) é provavelmente a mais antiga das manifestações literárias. Ele surgiu quando os homens primitivos sentiram necessidade de relatar suas experiências, centradas na dura batalha de sobrevida num mundo caótico, hostil e ameaçador.

Podemos imaginar os demais membros da tribo, em torno de uma roda de fogo, ouvindo estes narradores que talvez mais gesticulassem e emitissem grunhidos do que articulassem verbalmente as suas histórias. Podemos conceber também que alguns desses ancestrais dos grandes escritores tivessem maior capacidade para contar suas aventuras do que seus companheiros. Talvez selecionassem melhor os fatos interessantes, concatenassem de maneira mais ordenada os acontecimentos ou conseguissem descrever com maior realismo os animais ferozes que haviam caçado.

É possível também que – em função da resposta do auditório – estes contadores primitivos de histórias acabassem aumentando o número e a intensidade de suas façanhas. E é de se supor, por fim, que em busca do aplauso do clã, não se restringissem apenas às situações vividas, mas acrescentassem pormenores inexistentes e inventassem ações heróicas. Ou seja, é bem provável que produzissem ficção. Estava nascendo o gênero épico, a narrativa.

Os elementos essenciais

Desde os seus primórdios – quando se constituiu – a estrutura épica se organizou sempre em torno dos mesmos elementos:

- Narrador: aquele que conta a história a um público, formado, antes da invenção da escrita, por ouvintes e, mais tarde, por leitores. Pode tanto ser tanto um relato de suas próprias vivências (narração em primeira pessoa), quanto um relato de ações praticadas por outros indivíduos (narração em terceira pessoa).

- História: a sucessão de fatos (aventuras, conflitos) organizados de forma coerente e lógica. É chamada também de argumento, urdidura, intriga ou trama.

- Personagens: os seres, em geral imaginários, que protagonizam as ações do enredo.

- Tempo: o período que assinala o percurso cronológico que vai do início ao fim do enredo. Quase todas as narrativas apresentam os eventos como já ocorridos, como algo pertencente ao passado, o que permite ao autor organizar com maior facilidade a estrutura temporal de sua obra. Assim, ele pode concentrar ou estender as ações, em intervalos maiores ou menores de tempo, de acordo com a necessidade de persuasão, a dramaticidade e a intensidade do enredo.

- Espaço: é o ambiente onde os personagens se movimentam. Pode ser apresentado de maneira minuciosa ou apenas sugerido.

A objetividade

As formas narrativas por definição tendem à objetividade. O autor épico preocupa-se menos em expressar os seus estados de alma do que um poeta lírico. Seu alvo é a criação de um mundo que se pareça – em maior ou menor escala – com a realidade concreta. Ao criar uma história protagonizada por várias personagens, o autor é obrigado a construi-las com um mínimo de diversidade e objetividade, sob pena de transformá-las em projeções repetitivas e fantasmagóricas de sua própria interioridade.
É impossível imaginar uma epopéia ou um romance em que todos os personagens se pareçam, mas isto provavelmente aconteceria caso o autor não se distanciasse criticamente de sua subjetividade e não assumisse um vigoroso interesse pela observação da realidade circundante.

Uma definição sintética

Portanto, a expressão gênero épico identifica aquelas obras literárias em que o autor organiza objetivamente um mundo e o narra a seus leitores, através de personagens que vivem acontecimentos conflituosos, num certo período de tempo e num determinado ambiente (espaço físico-geográfico).

Evolução

O gênero épico ( ou a épica) desenvolveu-se em várias civilizações e em vários momentos históricos, mas os seus modelos insuperáveis são a Ilíada e a Odisséia, epopéias surgidas na Grécia por volta dos séculos IX e VIII a.C., ou mesmo do século IX a.C. Estas obras, como outras similares, foram denominadas também poesia épica, isto porque – possivelmente com objetivo de memorização – eram metrificadas. Costuma-se dizer que a última grande manifestação de poesia épica no Ocidente são Os Lusíadas, de Camões, que veio à luz em 1572.

O conto e o romance , que descendem da epopéia, já eram conhecidos na Antigüidade greco-romana tardia e tiveram extraordinário desenvolvimento a partir dos séculos XVIII e XIX, na Europa ocidental. Nem conto nem o romance apresentam métrica, mantendo, porém, a estrutura fundamental do gênero:

Narrador – história – personagens – tempo – espaço

No entanto, por serem expressões de civilizações e épocas distintas, tanto o romance quanto o conto afastam-se do universo de deuses e heróis sublimes da Antigüidade, focalizando os dramas mais corriqueiros dos homens que vivem nos tempos modernos e contemporâneos.

Referência bibliografica :